WEB 2.0 - Como as Organizações Utilização a WEB 2.0
Nos últimos anos têm sido efetuados vários estudos sobre o efeito das tecnologias Web 2.0 nas organizações.
Um inquérito efetuado pela McKinsey a 2847 executivos em todo o mundo revelou que mais de 75% dos respondentes pretendem aumentar os seus investimentos em tecnologias que encorajam a colaboração entre utilizadores e mais de 50% referiram estar satisfeitos com os investimentos feitos até ao momento mesmo que 42% considerem que deveriam ter investido mais na criação de capacidades internas da organização para aproveitar as ferramentas colaborativas.
Um inquérito efetuado pela McKinsey a 2847 executivos em todo o mundo revelou que mais de 75% dos respondentes pretendem aumentar os seus investimentos em tecnologias que encorajam a colaboração entre utilizadores e mais de 50% referiram estar satisfeitos com os investimentos feitos até ao momento mesmo que 42% considerem que deveriam ter investido mais na criação de capacidades internas da organização para aproveitar as ferramentas colaborativas.
As áreas privilegiadas para o uso das tecnologias da Web 2.0 são a gestão interna da colaboração, a comunicação com os clientes e com os parceiros de negócio.
Duas outras conclusões que se podem extrair do referido inquérito são que:
- A velocidade é um fator importante. Dos “Early adopters” só 18% tem uma opinião neutra ou negativa em relação ao retorno financeiro dos investimentos na Web 2.0, percentagem que aumenta para 72% nas organizações “Fast follower”;
- Em relação às ferramentas usadas ou a usar na maioria das organizações, o leque é limitado a 2 ou 3 ferramentas/tecnologias por organização com destaque para os Web-Services, as ferramentas de Collective Inteligence e as redes peer-to-peer.
O uso dessas tecnologias tem um impacto mais relevante ao nível da cooperação, gestão do conhecimento e processos de inovação. Áreas que beneficiam com a melhoria dos processos, o aumento da velocidade de difusão e a capacidade de integração, tanto interna como externa, que as tecnologias web 2.0 proporcionam.
O estudo identifica igualmente como principais barreiras à adoção destas tecnologias, um conjunto alargado de fatores económicos, culturais e tecnológicos.
Do ponto de vista económico a principal barreira identificada reside no facto de que a maioria das análises custo-benefício efetuadas apresenta resultados pouco animadores na medida em que, apesar de ser relativamente fácil quantificar os custos de adoção, é extremamente difícil determinar com exatidão os benefícios financeiros que lhes estão associados.
Outros obstáculos estão relacionados com a falta de suporte e prioridade que a gestão de topo atribui a estes projetos, na assunção de que são projetos que comportam riscos de segurança elevados e perda de controlo sobre os conteúdos, potencialmente causadores de distração dos empregados e não conformes com a cultura organizacional prevalecente.
Esta atitude cética é agravada pelo facto de as organizações considerarem as tecnologias web 2.0 como imaturas, de elevada complexidade técnica e experimentais.
A Web 2.0 é um conceito recente e em permanente evolução. Os princípios e as ferramentas que a caraterizam estão a ter um impacto importante na forma como as empresas se organizam interna e externamente (mercados potenciais, clientes, fornecedores e parceiros).
No contexto específico da gestão do conhecimento organizacional, nomeadamente na captura e reutilização de conhecimento tácito e complexo, alguns dos princípios e tecnologias da web 2.0 podem ter efeitos positivos mas a sua adoção coloca problemas e obstáculos ainda não devidamente estudados.
Questões de escala, aspetos motivacionais, questões culturais (Quais as caraterísticas culturais que são mais favoráveis à implementação deste tipo de modelos? O que deve mudar na cultura da organização? Por onde começar?) e tecnológicas (Quais as tecnologias e as ferramentas mais importantes?) carecem de aprofundamento. A estas acrescem outro tipo de questões, eventualmente mais complexas, relacionadas com o aumento da “porosidade” dos limites da organização e com os direitos de propriedade de conhecimento que, adquirido com base no contributo de pessoas que não são colaboradores da organização, é usado em proveito próprio.