Importância do Conhecimento para as Organizações

O conhecimento é uma atividade humana cuja proliferação depende de circunstâncias contextuais e de fluxos estabelecidos de forma individualizada entre os diversos atores. Na medida em que se encontra em permanente mudança é difícil de capturar sendo ainda mais difícil transformar conhecimento implícito em conhecimento explícito.

As tecnologias de informação são um importante instrumento para a gestão do conhecimento. No entanto, as organizações devem ter presente que as funcionalidades dos sistemas a implementar diferem substancialmente consoante os objetivos sejam a codificação de conhecimento explícito, para o qual são necessários sistemas que automatizem a recolha de informação em bases de dados e mecanismos de pesquisa eficazes, ou a disseminação de conhecimento tácito, onde os sistemas mais adequados são os que permitem a personalização e a configuração dos processos de troca de informação com base num ambiente colaborativo.


A definição de conhecimento difere grandemente consoante os autores sendo no entanto relativamente consensual que o conhecimento, porque muito mais fluido e sujeito a alterações rápidas e profundas é, para as organizações, um fator de produção essencialmente distinto dos restantes fatores tradicionais de produção.

O conceito de conhecimento tem sido amplamente debatido desde os tempos mais remotos. Uma definição bastante generalizada define conhecimento como um processo em que dados ao serem contextualizados se transformam em informação e esta, quando relacionada com a compreensão de determinada pessoa sobre a forma de a usar para um fim específico, se transforma em conhecimento.

Recuando a Kant, o conhecimento é construído com base nos sentidos e é, desse ponto de vista, uma visão individual da realidade delimitada pelo âmbito da compreensão humana. Pegando neste conceito que apresenta a criação de conhecimento como uma atividade individual, o principal papel das organizações consiste na aplicação desse conhecimento à atividade produtiva.

Alguns autores autonomizam o conhecimento individual do conhecimento organizacional considerando este ultimo como um recurso valioso e potencial fonte de capacidades e competências para a inovação e o desenvolvimento de novos produtos. O conhecimento organizacional é primeiro adquirido ao nível individual. A eficácia na transformação do conhecimento dos indivíduos para o nível organizacional é essencial para que este se transforme na base de capacidades organizacionais. A criação de conhecimento ao nível organizacional é um processo em espiral constituído por sucessivas interações entre conhecimento tácito e explícito.

Ao nível organizacional o conhecimento pode ser dividido em duas categorias: Informação (ou conhecimento declarativo) e o saber-fazer (ou conhecimento procedimental).

A informação, sendo na maioria das vezes conhecimento coletivo e propriedade da organização, consiste em conhecimento que pode ser transmitido sem perda de integridade. Incluem-se neste tipo de conhecimento os factos, as proposições axiomáticas e os símbolos.

Já o saber-fazer é essencialmente conhecimento pessoal sendo por vezes referido como conhecimento tácito e podendo ser definido como o acumulado de habilidade prática e perícia que permite a um indivíduo desempenhar eficientemente uma determinada atividade.

Seguindo uma linha de raciocínio semelhante mas algo distinta, vários autores dividem o conhecimento organizativo em conhecimento explícito e conhecimento tácito. Porque difícil de expressar e, frequentemente especifico de um determinado contexto “por ser contextual o conhecimento implícito dificilmente é transmissível pela organização sem que se perca parte do seu significado original”, esta última forma de conhecimento é altamente complexa podendo ser fonte de vantagem competitiva sustentada para a organização isto é, podendo possibilitar à organização a obtenção de vantagens competitivas que são dificilmente imitáveis pelos seus concorrentes.

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