Desvendando a Essencia da Colaboração e do Trabalho em Equipa: Estratégias para um Desempenho Excecional


A colaboração é uma das dinâmicas primárias da humanidade, mas, nas organizações de hoje, a colaboração formal raramente funciona. Os líderes podem falar muito em colaboração, mas raros são os que sabem o que fazer em termos práticos para a promover.
 

A melhor maneira de resolver problemas difíceis é em equipa. Se usada corretamente, a colaboração que a equipa potencia permite gerar novas ideias e encontrar soluções. Infelizmente a colaboração não é fácil de atingir. A maioria das pessoas não sabe como usar a colaboração e não há ninguém que lhes ensine.

Quando a colaboração falha, muitos participantes desenvolvem preconceitos que dificultam futuras tentativas de implementar técnicas colaborativas. Na generalidade esses preconceitos levam as pessoas a recuar para um ambiente fechado onde se sentem mais confortáveis, uma vez que nesse tipo de ambientes as regras são bem definidas, os problemas são mais simples e acessíveis às soluções de “remendo” a que eles estão habituados.

O conselho é: Se querem efetivamente desenvolver as vossas equipas, invistam tempo a estudar as melhores formas de implementar formas de colaboração entre todos.

Aqui ficam algumas dicas sobre como incentivar a colaboração entre os elementos da sua equipa:


A colaboração não funcionará se não existir confiança mútua


Sem confiança mútua as pessoas da sua equipa estarão sempre relutantes em apresentar ideias ousadas. Estabelecer um alto nível de confiança mútua entre um grupo de pessoas enfrenta dois tipos de problemas:

  1. A confiança mútua não é algo que possa estabelecer por decreto e estar a funcionar no dia seguinte. De facto, e pelo contrário, as relações de confiança demoram tempo a criar, e podem ser destruídas é poucos minutos.
  2. O estabelecimento de relações de confiança está sujeito a um paradoxo o qual consiste em: A confiança desenvolve-se quando as pessoas compartilham experiências fortes, mas esse tipo de experiências, para poderem ocorrer, exigem que previamente exista um elevado nível de confiança entre os diversos intervenientes.

Uma forma de minimizar estes dois problemas passa por recrutar pessoas que já confiam umas nas outras, mas isso nem sempre é possível. Participantes que já confiam um no outro representam uma “ancora de confiança” que é uma base essencial para que a partir daí ela se vá generalizando ao restante grupo.

Para que as pessoas colaborem é necessário que existam objetivos bem definidos

Para que a colaboração entre pessoas tenha êxito é necessário que existam objetivos claros, descritivos - mas nunca prescritivos - visionários, urgentes e específicos. Esses objetivos devem apontar para um estado futuro que se deseja atingir sendo que o objetivo da colaboração é a busca de uma solução viável que permita a obtenção desse objetivo.

Como líder da equipa você deve garantir que, em permanência, todos conhecem os objetivos que se pretendem atingir e as razões pelas quais esses objetivos são importantes. Se isso não acontecer nunca lhe será possível motivar as pessoas a contribuir com as suas ideias e com o seu esforço.

Os membros da equipe devem sentir-se incentivados a "pensar grande"

Quando se procura a colaboração de todos para encontrar uma determinada solução nunca devem rejeitar-se conceitos “loucos” ou irrealistas, porque eles podem tornar-se, depois de devidamente trabalhados, em soluções inovadoras.

Assim o grupo deve, para além de procurar ideias seguras, por de lado as restrições e os preconceitos e promover o pensamento divergente e expansivo. Conceber o inconcebível ajuda o grupo a tornar conceitos aparentemente impossíveis em realidades viáveis.

O conselho é: Não desista de tentar gerar ideias novas e imaginativas. O mais frequente é que as grandes ideias demorem tempo a maturar.

Durante o processo de colaboração para a obtenção de soluções ocorrerão desentendimentos entre os participantes. E quanto mais divergente for o pensamento, maiores serão esses desentendimentos. Não deixe que esses inevitáveis desentendimentos se transformem em obstáculos a uma boa tomada de decisão. Para gerir desacordos use a regra dos cinco minutos, ou seja, quando um desacordo durar mais de cinco minutos a equipa deve explicar o dilema a alguém do exterior. Essa necessidade de explicar a divergência a alguém que está “por fora” do assunto contribuirá para que, nas mentes dos membros da equipa, surjam novas perspetivas para considerarem as quais, eventualmente, podem ajudar a que o impasse se esclareça.

A decisão final é responsabilidade de uma pessoa e não do grupo


Evite tomar decisões com base em “concursos de popularidade” ou em votações secretas” uma vez que estas duas técnicas frequentemente usadas para desbloquear situações ou para priorizar hipóteses de solução quase sempre contribuem para promover um pensamento de grupo contraproducente que tenderá a escolher as ideias menos inovadoras, mais seguras ou mais fáceis de implementar.

A decisão final deve sempre ser tomada por uma única pessoa. A colaboração em equipa tem como objetivo "democratizar a discussão, mas não, democratizar as decisões".


Votos de bons projetos

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