Agile vs Waterfall: Qual se Adapta Melhor às Suas Necessidades?


Os métodos ágeis para a gestão de projetos não se aplicam a todas as organizações e projetos, nem são uma alternativa aos métodos mais estruturados para a gestão de projeto.

De facto não existe uma dicotomia métodos ágeis versus métodos estruturados. O que existe é um leque de utilização de métodos que vão desde os mais estruturados, como o PMBOK, até aos mais ágeis, como o SCRUM. Em vez de uma alternativa, os métodos ágeis são mais uma ferramenta, ao dispor dos gestores de projeto que os sabem utilizar, e que é muito útil se usada nos projetos certos, com a equipa de projeto adequada e nos clientes e/ou organizações que estão abertos a essa utilização.



Só uma pequena parte das organizações irá migrar integralmente para os métodos ágeis. A realidade é que, se bem que todos os projetos tenham a ganhar com alguns dos modelos mentais e de gestão que são inerentes ao Movimento Agile, nomeadamente, por exemplo, o envolvimento do cliente e a forma de organização  das equipas, muitos tipos de projetos, e pelas mais variadas razões, não se adequam aos métodos ágeis de gestão de projetos.

Algumas organizações executam múltiplos projetos interdependentes em simultâneo, ou projetos que são transversais a toda a organização e que envolvem múltiplos departamentos e, por vezes, múltiplas organizações.

Outras empresas recorrem predominantemente a equipas de projeto que se encontram espalhadas por várias localizações geográficas, em diferentes fusos horários, com diferentes culturas e estilos de trabalho.

Determinadas organizações têm culturas que dificilmente se compatibilizam com a forma de trabalhar inerente aos métodos ágeis (Por exemplo, certas organizações são extremamente focadas na documentação como fonte de evidencias, ou tem culturas muito hierarquizadas). 

Entre outras, estas três condicionantes, estão entre as que encontramos mais frequentemente e que podem desaconselhar a utilização de métodos ágeis para a gestão de projetos. Um conselho para os gestores de projeto que pretendam enveredar pelos métodos ágeis é que comecem por escolher o projeto certo (pequeno e de impacto na organização médio ou baixo), se certifiquem que têm a equipa certa (pessoas seniores, responsáveis e responsabilizáveis) e que se preocupem em garantir que o promotor do projeto e os interessados mais importantes, estão a par e concordam com a aplicação desse diferente método de gestão.

Nunca se esqueçam que o mais forte critério de aceitação das metodologias ágeis é a comprovação prática das suas vantagens.

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